Da magia de Bosco à magia de Schubert
Há dias mundiais para tudo e mais alguma coisa! Hoje, 31 de Janeiro, é o Dia mundial do Mágico e não resisto em evocar a paixão que sempre senti por esta arte, a do ilusionismo!
Em criança, tive o privilégio de assistir várias vezes aos espectáculos do, então famoso, Professor Cobrah. Este bondoso senhor, tinha o gosto de deleitar as crianças com a sua arte, não sendo porém essa a sua profissão. Se não estou em erro, ele era regente agrícola e pertencia à família Henriques, do Fogo. Um dos truques mais marcantes de Cobrah, era o dos lenços coloridos que fazia sair de um rolo de cartolina preta. O mágico fazia questão de nos provar que o cilindro negro era oco, podendo se ver através do canudo!
Naquele tempo, também havia um outro indivíduo aqui na Praia que fazia magia, mas era mais faquirismo que ilusionismo: tratava-se do " Barbosa", que se celebrizou por "comer vidro". Claro que isso de ver alguém comer vidro não me entusiasmava, preferia os truques que faziam puxar pela cabeça. À medida que crescia, tentava sempre aprender novos passes de mágica e aos 16 anos via-me eu a impressionar os colegas com truques os mais diversos. Livrei-me de alcunhas do tipo "Jojo magia", pois não eram truques de tuta-e-meia, nem os fazia por "dá cá aquela palha". Minha mulher chegou a confessar que os truques que me via fazer, tiveram influência positiva na opinião que de mim tinha, antes de lhe ter pedido namoro!
Quando fui para a universidade em França, adquiri vários livros de ilusionismo, e adorava ir a espectáculos de magia. Mais recentemente, seguia com atenção a série televisiva apresentada na SIC: