Domingo, 17.08.08

Homens elegantes, bonitos e sedutores da nossa árvore: I - Os Lisboa Santos

Algumas pessoas me perguntaram se pretendia valorizar também os "homens bonitos" da árvore genealógica. Respondi sempre que não saberia como apreciar esse "grau de boniteza" e que poucas fotos tinha. Porém, comecei um exercício de separar todas as fotos antigas, de homens que me pareciam semelhantes a galãs de cinema e constatei, surpreso, que as podia inserir em quatro grupos:
  • Dois dos grupos eram de descendentes, respectivamente, de duas irmãs, bisavós minhas do lado materno
  • Um outro grupo era de descendentes dos Reis de Sousa pelo meu lado paterno.
  • Um quarto grupo continha alguns afastadíssimos parentes e maridos de parentes (casos isolados)
Escolhi para hoje, os Lisboa Santos que descendem do meu bisavô José António dos SANTOS e da minha bisavó Maria de Jesus Barbosa REZENDE (ver foto à esquerda), pois os da outra bisavó obtiveram a "boniteza" pelo lado do primeiro marido, aquele que não é meu bisavô. Escusado será dizer (visto as bisavós serem irmãs) que a "boniteza" destes que hoje vos apresento, proveio do meu bisavô José António dos SANTOS, o primeiro filho do casal que juntou LISBOA a SANTOS: Áurea Maria LISBOA e António Manuel dos SANTOS. Irão reparar, nas fotos a seguir apresentadas, os olhos grandes e pestanudos dos LISBOA e a grande testa dos SANTOS.


Vou apresentar agora oito gentlemen, quatro são filhos do casal da foto e quatro são os respectivos filhos primogénitos (netos do casal). Saberão dizer quem é o respectivo pai? Basta com o rato fazer passar o cursor sobre a foto e esperar que se abra uma janela (ou então fazer clique na foto). Se seguir o link do "Quem sou?", irá para a página do indivíduo na da árvore genealógica.


---"Quem sou?"--- ---"Quem sou?"--- ---"Quem sou?"--- ---"Quem sou?"---



---"Quem sou?"--- ---"Quem sou?"--- ---"Quem sou?"--- ---"Quem sou?"---


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Sábado, 03.05.08

Dia das mães cabo-verdianas, lindas mulheres que elas são!

Neste primeiro Domingo de Maio, comemora-se em Cabo Verde (e em Portugal também) o dia das mães! Contudo, há muita gente (sobretudo Nazarena) que segue a tradição americana, considerando que o segundo Domingo de Maio é que é o dia das mães. Quando era criança, o dia das mães era a 8 de Dezembro, depois virou o último Domingo de Maio, para se fixar no primeiro. Com tanta confusão fui indagar e descobri nãoa história desta comemoração, como também que as datas da mesma variam de país para país.

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Com muito prazer, vou então homenagear as mães cabo-verdianas e em particular a minha mãe. Esta chama-se Esther Aguiar Lisboa da Costa Santos, carinhosamente chamada na família, de: vovó Teti. Nasceu a 8 de Outubro de 1924, fez os estudos liceais no Liceu Gil Eanes no Mindelo e em Janeiro de 1949 entrou para os Correios Telégrafos e Telefones (CTT) como Aspirante. Trabalhou sempre no Sector Postal e foi evoluindo na carreira, por concursos, até se aposentar em Fevereiro de 1975 como 1º Oficial. Nos CTT, os funcionários seguiam a Escola dos Correios, tinham que estudar muito para obterem os diplomas que lhes permitiam concorrer a categorias mais elevadas. Muitas vezes, Esther justifica a minha propensão pelos estudos, com uma teoria de que "ouvira dizer que os bebés assimilavam os hábitos das mães enquanto estas estivessem grávidas, estando ela a estudar arduamente para os exames dos CTT durante a gravidez do seu Jorginho".

O que é certo, é que ter uma mãe na secção postal dos CTT, dava muito jeito para um amante da filatelia. Ela trazia-me inúmeros selos usados, colados nos invólucros de encomendas e vales postais. Ensinou-me a mergulhar estes retalhos de papel (com os selos colados), em água para amolecer a cola; trazia-me papel mata-borrão para os secar ou para fazer compressas sobre os selos colados em postais (assim a escrita a tinta, dos postais, não era destruída). Não me esqueço da explicação que me dera sobre os selos "porteados" (ver ao lado a página do meu álbum de selos CV, com a série de 1952). Estes selos, são os que se usam para "multar" as cartas que chegavam sem selo; com o dobro da taxa normal, estes eram uma espécie de "chamadas pagas no destino", se o destinatário quisesse a carta pagava a taxa e os selos porteados eram colocados sobre a correspondência que de seguida ser-lhe-ia entregue.
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Outra particularidade interessante de Esther é o seu gosto pela escrita, pelo conto, tradições orais e passatempos. Chegou a ser uma importante colaboradora do "Almanaque Bertrand". Este almanaque foi publicado de 1899 a 1969. Vejam na figura à direita, duas páginas da edição de 1931 deste almanaque. O almanaque era, entre outros, recheado de passatempos, charadas matemáticas e adivinhas. Cheguei de encontrar vários passatempos do tipo "Salto de Cavalos", "Hieróglifos Comprimidos" e Palavras Cruzadas da autoria da minha mãe, nos volumes dos anos quarenta. Apanhei o gosto e aos 12 anos lá tentava eu fabricar também estes passatempos que comecei a dactilografar no que pretendia vir a ser um "Almanaque Brito".

Vejamos então "Vovó Téti" ao longo da vida




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E agora, retomemos algumas das beldades da minha árvore genealógica e constatemos que a beleza também está nos genes. A escolha recaiu em 15 musas, que constituem 5 grupos de avó-mãe-filha. Cabe aos digníssimos leitores e leitoras, deslindar as cinco sequências.
  • Se fizer clique na foto - irá para a página da árvore e saberá quem é.
  • Se fizer clique na pergunta "minha mãe é?" - saberá qual a foto da mãe respectiva (as avós podem não as ter disponíveis)

minha mãe é ? ... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?... a minha mãe é ?


minha mãe é ? ... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?


minha mãe é ? ... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?... minha mãe é ?
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Domingo, 27.04.08

Rua "Sala Bandera": a sala de visitas desta Praya de 30 citadinos lustros

Antes de mais, (além de D. Pedro V que se casara neste dia) queria dar os parabéns a três heróis nascidos a 29 de Abril:
  • À Cidade da Praia, pela sua tenacidade e vigor
  • À falecida cidadã da Praia, Elsa Azevedo pela coragem e fé
  • Ao Comandante Pedro Pires, nosso Presidente da República e Combatente da Pátria
Posto isto, estamos todos carecas de saber que no dia 29 de Abril se comemoram os 30 lustros (150 anos) desta cidade ainda com pouco lustro. Por isso não vou armar-me em carapau de corrida, comentando os altos e baixos desta minha mui querida cidade, tanto mais que a razão de ter engordado, não tem nada a ver com a dos que a governam, ou com a dos que pretendem fazê-lo. Vou mas é evocar algumas recordações:

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Recordo-me sim, de ter brincado numa praça Alexandre Albuquerque cheia de flores, húmidos canteiros verdes com minhocas e sapos, vendedeiras de doces de leite (Nha Laia e Nha Ida), guarda coxo e zarolho de vara em riste (Nhu Pedro), "musgueros" no coreto e crianças brincando à roda ou ao "soldado, cabo, furriel...", jovens indo e vindo a passear no passeio cimentado que dava para a rua principal da cidade (já vou falar dela) e outros que faziam a circunvolução da praça pelo passeio interior. Ás 20h em ponto, todos se punham em sentido com o hino nacional português que troava pelos altifalantes do Rádio-Club. Logo que os altifalantes se calavam, corria eu para casa jantar (ai de mim se não o fizesse!)

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Recordo-me sim, que quando comecei a fazer colecção de selos, tinha muito orgulho em mostrar o meu álbum favorito, o de Cabo Verde. Todas as vezes que o mostrava à minha mãe, esta (funcionária dos CTT) atardava-se na página que vos apresento ao lado, e apontava com ar triste, para os selos comemorativos do centésimo aniversário da elevação da Praia a cidade, contando que a degradação do estado de saúde de minha tia e madrinha Alice, era motivado por esta ter dado muito de si aquando das citadas comemorações. Alice era professora primária e estava envolvida na organização duma grande quermesse que teria lugar por ocasião desse centenário. Ficava altas horas pela noite dentro a recortar papéis de seda e de lustro, a fazer colagens, cartazes e outras coisas, sob uma luz fraca e tremida.

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Nesse tempo, antes da Independência, a rua principal da cidade era a Rua Sá da Bandeira. Rua do Banco Nacional Ultramarino, da Casa do Leão, da Farmácia Leão, do Cachito, da Adega do Leão, da Serbam, do Antoninho Mujota, das Galerias Praia, do "Pilorinho", da casa di Nhu Pipi, da Dona Celina, do Parque Automóvel, da casa di Nhu Bispo!

Lendo as crónicas de Carla Amante da Rosa e tendo visto o filme "A Ilha dos Escravos", não se poderia deixar de dar valor ao homem que num único dia, decretou a abolição da escravatura em Cabo Verde, fez subir Mindelo à categoria de vila e deu à Praia a dignidade de cidade: Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, o então Visconde de Sá da Bandeira.

Bem merecido o nome dessa rua principal, o de Sá da Bandeira. Porém, veio a Independência e os revolucionários combatentes da pátria, trataram logo de volatilizar todos os vestígios dos heróis portugueses e substituir os nomes das ruas, por outros nomes mais consentâneos com a Revolução e com a África. Assim, Sá da Bandeira teve de ceder seu nome a favor do de Amílcar Cabral e a rua foi promovida a Avenida!

Mais tarde, quando chegou a 2ª República, os novos governantes restituíram os nomes das ruas aos ilustres que durante décadas, tinham seus nomes nas placas toponímicas. Mas.... quem ousaria retirar o de Amílcar Cabral das placas da "Rua Sala Bandera", como ainda os mais velhos a chamam?

Assim, ficamos sem a justa homenagem a esse corajoso e digno estadista!

Por isso, proponho, que nesta comemoração dos 150 anos da cidade da Praia, se dê o nome de Sá da Bandeira a uma de suas ruas!

A rua que proponho, antigamente rua Brandão de Melo, fica próxima da zona onde escravos apanhavam água, a "Aguada da Praya" - local mais tarde conhecido por "quintal di burro" (ver gravura do lado esquerdo). Razões da proposta: a proximidade evocada do local que lembra a abolição da escravatura, a existência antiga dessa rua, o ser paralela à antiga Rua Sá da Bandeira e ao facto de poucos conhecerem seu nome actual. Vejam o GoogleMap à direita e o diaporama que se segue:


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A Ilha dos Escravos e EU

Tive o privilégio de assistir a duas horas de exibição (após duas outras de contratempos com as máquinas e os leitores de DVD que teimavam em disfuncionar) de um excelente filme realizado por Francisco Manso, conhecido realizador português. Falo de "A Ilha dos Escravos". A sessão contou com a presença do actor Milton Gonçalves, o "Tesoura" da trama, que durante as interrupções, nos brindou com seu bom humor e sábias observações.

Este filme gerou bastante expectativas na comunidade cabo-verdiana e sua ante-estreia sobejamente anunciada na blogosfera. Diversas razões podem ser evocadas para justificar tais expectativas, mas eu pessoalmente ansiava por vê-lo, sempre com a vã esperança de poder assistir à eventual cena do julgamento dos insurrectos. Eis um estrato da sinopse:
O filme decorre em Cabo Verde (na ilha de Santiago), durante a primeira metade do século 19, com breves segmentos de extensão a Lisboa e Viena de Áustria e flashbacks, centrados na ilha de Santo Antão e em Salvador, na Baía, pelos fins do século 18.

O levantamento de tropas, na Cidade da Praia, instigado por oficiais desterrados para o arquipélago, em consequência da derrota dos partidários do infante D. Miguel, na guerra civil portuguesa, é o núcleo histórico do filme. Os rebeldes, contrariando as suas próprias convicções anti-liberais, tentaram aliciar para o seu campo a população escrava, à falta de outros meios humanos que lhes corporizem os desígnios.

Conspiração político-militar por um lado, insurreição de escravos por outro, ambas associadas, mas só transitoriamente convergentes, e a mistura não podia ser senão explosiva. Se o núcleo histórico do filme é abertamente conflituoso, o núcleo dramático não o é menos, com uma tecitura melodramática, que nos remete, em pleno, para o período romântico, em que a acção decorre.
E daí? dir-me-ão vós. É que o representante do Ministério Público nessa altura e neste caso, foi João José António Frederico, ilustre personagem que veio a merecer honras de menção e retrato na prestigiada Enciclopédia Luso Brasileira de 1940. Continuam certamente a não entender a minha curiosidade. Têm razão, ainda não vos dissera que este homem de quatro nomes próprios no seu nome, era nada mais nada menos que meu pentavô!
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A actuação de JJA Frederico é digna de nota, pois insurgira-se contra a forma ilegal como os cabecilhas da rebelião foram fuzilados e obteve ganho de causa junto da rainha que destituiu em consequência o Governador intransigente. Faça clique no texto ao lado para ampliá-lo e poder melhor se inteirar da questão em apreço.
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Sábado, 12.04.08

Hilário Brito - CR4AD: o infectado pelo rádio-amadorismo, que dele fez uso para acabar com uma infec

O artigo que publiquei na semana passada, suscitou um interesse muito maior que aquele que realmente esperava. Por isso, acho que não devo adiar a história que prometera um dia contar.

Para estar mais abalizado para disso falar, fui visitar Hilário Brito neste fim-de-semana e ele me pôs a par de um interessante episódio: o modo como fora mordido pelo vírus do rádio-amadorismo.

Meu pai entrou em 1946 com apenas 20 anos, nos CTT (Correios Telégrafos e Telefones), como ajudante de mecânico, pela mão de, Francisco dos Reis Sousa Brito, pai dele e respeitado rádio-telegrafista daquela instituição. Aprendeu rapidamente a profissão do pai e tornou-se também rádio-telegrafista dos CTT (em 1948). Apaixonado pela electrónica, lá construiu dois emissores-receptores de morse e ofereceu um deles ao amigo Julinho Vera-Cruz, funcionário do BNU (Banco Nacional Ultramarino) e que residia na Praia (actual Plateau). Assim, Hilário, que morava ainda em casa dos pais no então subúrbio da Fazenda, passava todas as noites, horas esquecidas na cavaqueira com Julinho, através de código Morse: Táre-rare-tá-rá-re-rá...(era o "chat" da época).

Poucos meses depois, Hilário e pais mudaram-se para o Monteagarro ao norte do Plateau. Talvez por causa da altitude (mais 30m que Fazenda) um belo dia Hilário escutou uma chuva de sinais morse que não eram as de Julinho certamente, pois eram em Inglês: tratavam-se de rádio-amadores americanos que quiseram travar conversação com Hilário. Este, saltou de júbilo e contentamento indo de imediato (às 2h da madrugada) ao quarto do pai gritando (sotaque do Fogo): "Brito, Brito, alan tâ papiâ cu merca através di nhâ emissor!" Brito, irritado, sonolento e do seu proverbial mau-humor desmancha (sotaque de S. Nicolau): "Sô se fôr é de merd... bá detá bu sussegá bo dêxam durmí!" E assim, Hilário passou doravante a se preocupar com o rádio-amadorismo, ficando Julinho para trás. Em 1949 já ostentava o CR4AD.
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Em 1957 Hilário já era famoso nos concursos CR/CT e noutros em que se metia. Vários diplomas certificavam o seu desempenho rádio-amador (da Checoslováquia, da Alemanha, de Portugal, dos Estados Unidos, do Brasil,etc). As taças amontoavam-se nas estantes e os galhardetes e salvas nas paredes (Hilário ainda hoje ostenta suas taças com orgulho: vejam-no na foto à direita ao lado de algumas). Os organizadores dos concursos CR/CT acabaram por extinguir esse certame, porque os troféus iam sempre para Cabo Verde (alegaram que as condições geográficas de Cabo Verde colocava este em vantagem competitiva incontornável face às demais paragens portuguesas).

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Agora a história de como uma criança foi salva pelo rádio-amadorismo

Hilário já morava na rua Serpa Pinto, em face ao Cinema Municipal da Praia. Tinha eu cerca de oito anos e me lembro perfeitamente do dia soalheiro em que, no início dos anos sessenta do século XX, bate esbaforido à porta de nossa casa, um amigo de Hilário, o Senhor Pedro Abreu, contando desesperado que a filha (de tenra idade) iria morrer nas próximas 48 horas se não tomasse um determinado medicamento dentro de 24h. Tratava-se de uma infecção cerebral rara cujo tratamento passava pela aplicação de uma injecção de Hemoglobina Gama. Não havia este medicamento em Cabo Verde e Abreu foi ver se Hilário conseguia fazer algo através de seus emissores.

Hilário então, dirigiu suas antenas para o Brasil (ele conhecia todos os truques para falar com rádio-amadores brasileiros, - ver diploma ao lado), pôs-se imediatamente à frente dos emissores e fez em todas as bandas que seus emissores permitiam, apelos de socorro para o caso. Após várias tentativas infrutíferas (suores frios escorriam da testa de Abreu) um rádio amador de Pernambuco de nome Fernando Fraga (PY7FM) acudiu e prontificou-se a ajudar, comunicando de imediato com um outro rádio-amador do Rio de Janeiro, amigo seu e médico. Este adquiriu o tal medicamento e logo que conseguiu entregá-lo ao piloto que ia levar um avião da Varig para o Sal naquela noite, transmitiu a mensagem com as coordenadas ao PY7FM que alertou CR4AD, meu pai, sobre a hora em que chegaria o avião da Varig ao Sal. Seria no dia seguinte de madrugada e Abreu e Hilário foram ao palácio do Governo pedir ao Governador da Província que autorizasse um vôo extraordinário do Haviland Tiger Moth dos TACV ao Sal para ir buscar o medicamento em causa. Faltavam 5 horas para o momento de irreversibilidade de degradação cerebral. O Governador deu a ordem e o Tiger rumou ao Sal (o avião da Varig já tinha chegado). Faltavam duas horas e meia e o Tiger ainda estava no Sal. Quiseram aproveitar o ensejo para carregar o Tiger com os sacos de mala postal que no Sal se acumulavam. Desesperados Abreu e Hilário contactaram o Governador que ordenou o regresso imediato do Tiger, sem as malas e com apenas o tal medicamento. Hilário e Abreu foram em seguida ao aeródromo da Praia esperar pelo Tiger. Lá vinha ele a aterrar; a assistência em terra, ao corrente da situação, correu ao avião e tomou do piloto a embalagem salvadora. Meia hora antes do momento fatídico, o médico já tinha aplicado a injecção.

Duas horas depois a petiz já não tinha febre e dois dias depois já brincava. O médico Brasileiro não quis receber o dinheiro do medicamento, o Governador emitiu um louvor a Hilário e o PY7FM ficou famoso entre os rádio-amadores brasileiros.
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Assim terminou esta história feliz, graças a estes valorosos rádio-amadores que não vêem distâncias, nem nacionalidades, atrás desses microfones, antenas e altifalantes ruidosos (não deixando as esposas ou os filhos dormir). Termino eu como da outra vez, com Flávio Abrantes da Cunha (olá Zé!) cujo "Shack" se vê na foto ao lado.
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Domingo, 06.04.08

Os primeiros rádio-amadores de Cabo Verde

Supostamente devia escrever um artigo por semana para este Blog. Mas hoje, vejo-me obrigado a escrever dois, visto ter acabado de ler o artigo que Amante da Rosa publicou sobre o início da rádio em Cabo Verde, o que me trouxe várias recordações à mente. Comentei logo no Cbox do blog dela, alegando orgulhosamente que meu pai, Hilário da Silva Sousa Brito, foi o primeiro rádio-amador cabo-verdiano em Cabo Verde.

Não me esqueço dos célebres concursos CR/CT que faziam meu progenitor não dormir durante dois dias por ano, em frente dos emissores (construídos por ele) a fazer e a receber chamadas de voz e em morse, para o mundo português. "Cê quiú (CQ) twenty... CQ Twenty... CQ Twenty, aqui CR4AD chamando de Cabo Verde, Charles Rogers Four Abel Dog (para CR4AD)... câmbio." assim ia ele pronunciando aquela lenga-lenga por entre ruídos e apitos dos altifalantes dos emissores a válvulas (o aposento que ele chamava de "Shack" devia estar a dois graus mais quente que o resto da casa).

Centenas de rádio-amadores disputavam estes concursos anuais. Quem mais conversações estabelecidas fizesse, ganhava um troféu (geralmente uma taça) luzidio para a sua estante. É com orgulho que meu pai ostenta várias taças no seu Shack , tendo ganho o 1º lugar do concurso CR/CT por duas vezes e ficado em 2º ou 3º nas restantes edições (entre 1957 e 1967).

Eu, quando aprendi a escrever, lá ia preenchendo os cartões que os rádio-amadores trocavam entre si, como comprovativos das conversações entabuladas, os conhecidos QSL. Foi assim que comecei a minha querida colecção de selos: "um selo de cada país", ao mesmo tempo que meu pai adicionava novos países aos que já tinha estabelecido contacto (pelo mundo inteiro) colocando alfinetes coloridos no mapa-mundi pendurado no "Shack". Cliquem aqui e terão a primeira de quatro páginas de QSLs de Cabo Verde, podendo encontrar nelas várias pessoas conhecidas, como Flávio Cunha, pai do meu grande amigo Zé Cunha. Eis ao lado o QSL de Flávio Cunha.

Hoje, os QSL são matéria de leilões para os coleccionadores. O indicativo actual para os rádio-amadores de Cabo Verde é o D4C e meu pai tornou-se o D4C-AD.

Talvez um dia vos conte outros episódios que presenciei e vivi nesta atmosfera do radio-amadorismo de Hilário Brito, como o de quando sua estação serviu para salvar a vida a uma criança.

Até mais e leiam agora o artigo em baixo também hoje publicado:
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Sábado, 05.04.08

Que faz Gilberto Freyre em casa da minha bisavó Ludovina da Graça Rezende?

Em primeiro lugar, quem foi Gilberto Freyre? foi um sociólogo, antropólogo e escritor brasileiro, considerado um dos grandes nomes da história do Brasil (não confundir com Paulo Freire, um grande pedagogo, também brasileiro). Nascido em 1900 (ver sua biografia aqui), Gilberto Freyre notabilizou-se ao publicar em Dezembro de 1933 Casa-Grande & Senzala , seu primeiro livro, um autêntico "best seller". Nesse livro, Freyre centra sua temática sociológica na relação entre o colonizador branco e o escravo, defendendo que a miscigenação era um factor positivo na construção da cultura brasileira. Visita Cabo Verde em Outubro de 1951 e cria o conceito de "luso-tropicalismo". O resultado do périplo por antigas possessões portuguesas deu origem a um outro livro de Freyre: "Aventura e Rotina". Este suscitou em 1956 uma reacção de protesto em Baltasar Lopes (ver referência aqui) que gerou polémica durante e ainda por muitos anos.

Gilberto Freyre aproveitou a ocasião de sua curta estadia em Cabo Verde para visitar minha bisavó Ludovina! Isto porque Freyre também era historiador e, sabendo que José de Rezende Costa, um dos "inconfidentes mineiros", tinha sido deportado para Cabo Verde, quis conhecer os descendentes dos mesmos. Efectivamente, minha bisavó, Ludovina da Graça Rezende, era bisneta do comendador José de Rezende Costa. Na fotografia que apresentei no início, pode-se ver Freyre do lado direito, atrás de Ludovina, a octogenária sentada ao centro. Ao lado de Freyre distingue-se Francisco Rezende Mascarenhas, filho de Ludovina e meio-irmão de Filomena Cândida Rezende, a senhora idosa do lado direito. A jovem senhora do lado esquerdo é a minha mãe Esther Santos, neta de Ludovina.

A foto que agora apresento aqui à direita, é uma espécie de "matrioska" onde eu que estou ao colo de Ludovina, saí de dentro de Esther, que saiu de dentro de Cândida, que por sua vez saiu de dentro de Ludovina (fica assim provada, a minha ascendência inconfidente!).

Como já tinha evocado anteriormente, os Rezende provieram do Brasil (ainda voltarei a esta história) e Ludovina Rezende é um dos seus mais paradigmáticos descendentes (voltarei ainda um belo Domingo para homenagear convenientemente minha bisavó). Por agora termino dizendo que Gilberto Freyre deixou uma fundação com seu nome, a Fundação Gilberto Freyre, e que tive o privilégio de corresponder com o filho (já falecido), então presidente da fundação.

Aqui vai um clip de vídeo que fala da Fundação e de Gilberto:


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Sábado, 29.03.08

Maior fraude da Zoologia, ou a superficialidade da má-fé

No último artigo (de 26-3-2008) do blog Amante da Rosa, a autora apresenta uma curiosa história sobre o Lagarto Gigante do Jardim das Hespérides (leia-se Cabo Verde).

Numa correspondência que trocamos, esta amiga bloguista me convida a escrever algo sobre o assunto. Fiquei um pouco dividido, pois motivações diversas me compeliam em direcções antagónicas:
  • Queria escrever algo para me insurgir contra o escárnio e as banalidades proferidas pela escritora Maria Estela Guedes
  • Não queria escrever sobre o lagarto, pois ainda não abrira um blog de discussão científica geral.
  • Queria escrever sobre o assunto, porque um antepassado meu foi parte envolvida nesta área da herptologia.
  • Não queria escrever porque tinha planeado outro artigo para este Domingo (já o prometera a um amigo)
  • Queria escrever porque me senti lisonjeado ao receber tal convite de uma dama que mantém um dos melhores (o mais instrutivo) blogs de Cabo Verde.
  • Não queria escrever porque não é muita coisa o que poderia dizer sobre este réptil
Acabei por decidir escrever pois as razões para tal me pareciam mais fortes!

Dado a que estou a escrever num blog autobiográfico e centrado na minha pessoa, eis em primeiro lugar um histórico da minha relação com o réptil:

Em criança, deleitava-me a ler os livros da colecção Ver & Saber da editorial Verbo. O número nove desta colecção intitulava-se "os Répteis". Tinha eu dez anos e fiquei a saber que os répteis se dividiam em quatro ordens com os seguintes nomes genéricos: sáurios (lagartos), quelónios (tararugas), ofídios (cobras) e crocodilianos (crocodilos). Naturalmente que as duas primeiras ordens me despertaram mais a curiosidade, pois eram aquelas que existiam em Cabo Verde. Como na nossa terra as tartarugas eram apenas as marinhas, lá me contentava a observar as lagartixas e osgas e cheguei até a dissecar lagartixas que colegas "pescavam" com moscas enfiadas em anzóis. Querendo ler outros livros e perguntando a quem soubesse, tive então a oportunidade de saber da existência do lagarto gigante do ilhéu Raso. Sonhava em poder lá ir observá-lo de perto.

Um belo dia (Dezembro de 1976) pude então observar dois exemplares vivos de um sáurio, com talvez 50 cm, no Jardim Zoológico de Lisboa, cuja legenda do "aquário" dizia "Osgas gigantes de Cabo Verde". Será que eram osgas? Será que eles se enganaram na proveniência (ou era "bleuff"). Não me recordo do nome científico, mas não me esqueci da cena nem do gigantismo da "lagartixa".

Mais tarde, vim a dirigir o Departamento de Recursos Naturais do INIDA (Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário) e a secção ligada à biodiversidade se "divertia" com pássaros e répteis de Cabo Verde; Hazevoet era um cooperante que connosco trabalhava e tivemos um dia uma interessante conversa sobre o animal reptiliano. Em 1991, fiz parte da equipa de consultores (éramos quatro) que preparou o Relatório Nacional para a Conferência do Rio sobre o Ambiente. Várias vezes entre nós nomeávamos o Macrocincus Coctei como exemplo de espécie extinta.

Recentemente, fiquei a saber que um tio-tetravô meu, o Doutor Francisco Frederico Hopffer (muitas vezes lembrado por minha avó materna), era também um amante da biologia e correspondia-se com Barbosa du Bocage, insigne naturalista português a quem enviara exemplares do lagarto em causa, como menciona Amante da Rosa em seu artigo.

Vejamos agora um extracto do LIVRO BRANCO SOBRE O ESTADO DO AMBIENTE que o nosso Ministério do Ambiente Agricultura e Pescas fez publicar em 2004:
"Em relação à colheita de material biológico de origem animal, pode-se exemplificar com a colheita de exemplares de répteis,mais concretamente Macroscincus coctei (Lagarto gigante de Cabo Verde com cerca de 60 cm de comprimento, já extinto). Se se quantificar os colectores que fizeram recolhas dessa espécie em Cabo Verde (Troschel em 1875: Bocaje 1896, Peracca 1891; Schiaretti 1891; Jamrack 1891; Green 1876 etc) e os exemplares existentes em vários Museus do mundo como por exemplo na Itália (Turin, Genoae e Florence - com 26 exemplares) em Londres (London Zoo, Natural History Museum of London) e em Portugal, e 45 exemplares importados no fim do século XIX ou seja, no Verão de 1891, pelo Sr. M. G. Peracca, poder-se-à concluir que a extinção dessa espécie se deve, em parte, à colheita desregrada de exemplares da espécie."
Como podem constatar, há vários sítios onde ainda hoje se pode lá ir medir o tamanho destes animais. Como pode Estela Guedes apelidar de "fraude da Zoologia" relegando a dimensão do sáurio para meros 17cm? A fotografia ao lado deste parágrafo, é elucidativa do tamanho bem superior a 17cm (no entanto um pouco inferior aos 570 mm de Bocage) dum dos 26 exemplares conservados nos museus italianos (o italiano Leonardo Fea, foi um dos primeiros naturalistas a ver exemplares vivos do Macroscincus)

Estudos profundos e altamente científicos, têm sido feitos a respeito deste lagarto. Menciono um recente, em que o DNA de amostras de 75 lagartixas cabo-verdianas actuais foi comparado com o de amostras de 16 Macroscincus conservados em museus. Este estudo visa determinar se o gigantismo do Macroscincus era devido a uma evolução de uma Mabuya (as lagartixas CV actuais) ou de uma outra espécie paralela.
A respeito de estudos do passado, deixo-vos agora com mais um extracto do Livro Branco:
Outro recurso natural cuja depredação conduziu à sua extinção é o lagarto gigante, Macroscincus coctei (Balouet & Alibert, 1989; Barillie & Groombridje, 1996), espécie de réptil endémico de Cabo Verde. Durante o século XIX, a Administração Colonial Portuguesa exilou para o ilhéu Branco os infractores à lei. Admite-se que os exilados tivessem utilizado para a sua alimentação peixes, aves marinhas, bem como capturado répteis, dos quais constaria o Macroscincus coctei (Bocage, 1873, in Hazevoet, 1995). Hazevoet (1995), cita J. da Silva Feijó que deu conta da utilização da pele de Macroscincus coctei (pelos habitantes das ilhas vizinhas) para o fabrico de sapatos. Alexander (1898a, citado por Hazevoet, 1995) ainda em 1897, encontrou esse réptil nos ilhéus Raso e Branco. Em 1912, Friedlaender (1913-citado por Hazevoet, 1995), considerou-o uma espécie muito rara para o ilhéu Raso. Nos ilhéus Branco e Raso, por exemplo, havia ainda nos fins do século XIX, exemplares de Macroscincus coctei.

Como não se trata de um artigo científico, mas de uma "espécie de nota ensaísta de rodapé", não me alargarei em pormenores outros como o da classificação taxonómica, da morfologia, do modus vivendi do animal, ou mesmo do seu surgimento em Cabo Verde.

Fiquem bem e até o próximo Domingo.

publicado por jorsoubrito às 23:28 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 22.03.08

As mais lindas mulheres da nossa árvore. II - as da minha geração

Recebi uma missiva pascoal com este curioso texto:
A Páscoa é sempre no primeiro Domingo depois da primeira lua cheia após o equinócio de Primavera (21 de Março). Esta datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano. Este ano a Páscoa aconteceu mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os com idade superior a 95 anos tiveram alguma vez uma Páscoa tão temporã. A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como este ano (23 de Março) será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913. Por isso, ninguém que esteja vivo hoje, viu ou irá ver uma Páscoa mais cedo do que a deste ano.
E o 23 de Março se tornou de repente uma data histórica! Logo me lembrei que uma das minhas primas em 1º grau, fez anos hoje, neste dia de Páscoa. Como ela faz parte das beldades de minha árvore genealógica que são contemporâneas minhas, resolvi apresentar as doze mais lindas fotos (encontradas nos ficheiros que sustentam a árvore genealógica) de jovens mulheres, hoje com idades rondando os cinquenta anos [além (51 a 54) e aquém (46 a 50)].

Ei-las então dispostas a seguir de forma aleatória:

*** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***
***********************************************************************

*** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***
***********************************************************************

*** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***
***********************************************************************
Há quatro que são filhas de beldades anteriormente apresentadas, três são SANTOS, cinco são REZENDE e quatro têm BRITO no sangue.

Devo porém em consciência dizer, que há na árvore contemporâneas minhas ainda mais bonitas que algumas destas aqui apresentadas. Só que não tenho fotos delas nos meus arquivos.

publicado por jorsoubrito às 23:51 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Domingo, 02.03.08

As mais lindas mulheres da nossa árvore. I - as nascidas antes de mim

Imbuído do espírito de Março, o mês da Mulher, fui fazer uma vistoria pela árvore genealógica (que partilho na Internet com todos os que queiram nela e dela participar) e deparei com várias fotografias de lindíssimas mulheres. Olhando para as que eram mais velhas do que eu (nascidas a mais de 50 anos), notei que as fotos a branco e preto lhes conferia ainda mais beleza que a das mais jovens em fotografias digitais a cores. Talvez estivesse influenciado pelas fantásticas belezas a preto e branco que recentemente descobri no "Negra Beleza da Cor", mas não consigo resistir em publicar aqui as fotos das doze mais lindas mulheres entre as 36 beldades do antigamente, encontradas nos ficheiros que sustentam a árvore.

Ei-las então dispostas a seguir de forma aleatória:

*** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***
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***Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***
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*** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***** Quem sou? ***
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Seis delas são REZENDE e quatro são SANTOS. Há três que são as duas coisas.

Saúdo pois a beleza destas mulheres, progenitoras e ascendentes de muitos de nós.

publicado por jorsoubrito às 18:16 | link do post | comentar | ver comentários (2)

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